Quarenta e oito. Um número par. Vinte e quatro de um lado, vinte e quatro de outro. Doze fileiras. Quatro colunas. Entre um lado e outro, um corredor. Nas colunas extremas, presença de janelas.
A vista? Depende. Do lugar, do caminho e da hora. Se é dia ou noite. E do que se quer ver. Cada olho é um olho e cada mente é uma mente. Respeitemos.
Alice estava num assento da coluna à extrema direita. Tinha um janelão para si. Encontrava-se dentro de um ônibus interestadual que percorria a estrada rumo à cidade onde visitaria sua avó.
Um MP4 ligado baixinho a distraía junto à janela. Via as imagens borradas do impressionismo, a impressão que ela tinha era única e pessoal. Transmitiria a imagem concreta e seu interior abstrato para uma tela, pensou.
Alice era uma artista plástica, tinha como suporte favorito a tela, variando muito as técnicas. Tinha uma influência muito forte do surrealismo de Salvador Dalí.
Quase a mesma a praça
Há um ano
1 comentários:
O que será que ela teria diante de si quando aportasse e descesse do ônibus? O que o destino a reservava?Amores?dissabores?sinestesias?
Beijo meu.
Até mais ler!E obrigada pela vista.Vou te linkar!
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