terça-feira, 14 de julho de 2009

Rasgados

Rasgado.
Rasgados, no plural.
Muitos rasgados. E tão próximos.
Meu lençol está assim.
Em péssimas condições.
Há condições de remendá-lo? – pergunto eu.
Difícil, difícil.
Mas não há como jogá-lo fora.
É um órgão vital meu.
Será possível arrancá-lo do fundo?
Afastá-lo da escuridão do lençol freático
E trazê-lo à luz da superfície?
Deve haver um jeito, um caminho, uma mágica.
Sim. Há.
O tempo.

3 comentários:

eloisa disse...

Que belo! Digno de aplauso. Estou aplaudindo, apenas nao sei se eu, sou digna de aplaudir tanta preciosidade! (=
Um beijo!

Felipe Braga disse...

Muito belo mesmo! Ah, o tempo: As vezes o maior aliado.
Parabéns, tá lindo o texto.
Beijos.

Mayara Farias disse...

Muito lindo esse texto! O tempo tão bom para esquecer, mas ainda assim demaora tanto... :/

©2007 '' Por Elke di Barros