Às vezes eu tenho medo de mim. Das particularidades que me envolvem. Das minhas bizarrices. Sou idiossincrática. Às vezes querendo, às vezes sem querer. E não sei dizer se é bom ou ruim. Mas na maioria das vezes fico feliz. Sou uma Amélie Poulain com outro nome. Só não sei se tenho um destino fabuloso. Talvez tenha. Se Amélie teve, eu devo ter também.
Numa sexta feira treze eu tive um sonho deveras esquisito. Mas que me deu a impressão que ia acontecer algo ainda naquele mês. Só não sabia que seria naquele mesmo dia, tão rápido assim. Também não sabia o que exatamente aconteceria. Para falar a verdade, eu não sabia de quase nada. Apenas sabia que aconteceria algo ainda no mês de novembro que já estava pela metade. Restava ainda mais uma metade pra tal coisa acontecer. Não queridos, não vi um gato preto cruzar a esquina. Também não vi uma bruxa com uma verruga no nariz. Não vi vassouras voando ao céu. Não escorreguei numa casca de banana. Não derramaram água suja em mim por engano. Peraí. Quem foi que disse que sexta-feira treze tem que ser dia de azar? Aquele dito popular idiota? Bobagem. Para mim é dia de sorte, ou pelo menos foi.
Vale lembrar que sou diferente de todo mundo. Para as pessoas comuns pode ser dia de azar. Para mim não. E graças a isso conheci gente nova. Ok, mas você não conhece gente nova volta e meia? - você pergunta. Sim – eu respondo – mas não dessa maneira. Conheci gente nova de outros estados, que compartilha de parte da minha idiossincrasia. Pessoas com as quais tive afinidade (quase) instantânea. Pessoas de quem gostei muito, e eu sei, que gostaram de mim também. Se você tem um bom português, há de ter entendido que não conheci gente nova apenas. Fiz amigos. De verdade. Que talvez sejam para a vida toda. Se não forem, ao menos estão fazendo o presente especial, e não apenas um presente. Um presente para se tornar um passado memorável, gostoso de se lembrar.
Pessoas que me fizeram lembrar de “carpediar”. Ok, eu sei que essa palavra não existe. Mas creio que todo mundo saiba o que é Carpe Diem, e tenha capacidade suficiente para decifrar o neologismo, que não é de minha autoria, ressalto.
Eu queria agradecer. A quem? Não sei bem. Às pessoas? Ao meu sonho? Ou a Deus talvez? A mim mesma por não deixar passar as oportunidades? Não sei bem.
Olho para o céu, admiro as estrelas da noite. E sorrio por ter um destino fabuloso no rio da amizade.
Quase a mesma a praça
Há um ano
4 comentários:
"...Mas se você escutar bem de perto, você pode ouvi-los sussurar o seu legado. Vá em frente, abaixe-se. Escute, está ouvindo? - Carpe - ouve? - Carpe, carpe diem, colham o dia garotos, tornem extraordinárias as suas vidas."
Sociedade dos poetas Mortos
...E naqueles dias o Rio das amizades , em cada contemplação susurrava o seu legado, transformando vidas simples em amigos extraordinários....
Sem dúvidas, Ju, aqueles momentos estão além do que se pode nomear, embora possamos inventar mil neologismo, aquilo não se nomei, se vive, se sente... foi mágico! Amo vc cada vez mais!
Gostei muito do seu texto, você escreve bem.
Falou tudo! Que dia de azar que nada, a nossa sexta 13 foi de sorte, MUITA sorte. Cada detalhe dessa viagem, cada amigo que fiz, cada momento.... estará guardado na minha retina e no meu coração
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