Quando eu era criança
brincava de Barbie,
andava a cavalo,
dava cambalhotas na piscina,
dava colo a cachorrinhos,
subia em árvores.
E não visitava museus.
Quase não me levavam ao cinema.
Não tinha desenhos em VHS.
Nunca tinha lido Ruth Rocha.
A cultura estava do outro lado do mundo,
onde eu não enxergava,
não estava no meu cotidiano.
E assim,
o tempo foi passando,
eu, crescendo,
desnudando-me,
descobrindo-me.
Enxerguei o que não via antes,
apresentei-me a quem não havia sido apresentada.
Conheci a cultura,
conheci a literatura,
conheci a arte,
conheci os museus.
Formei então
meu círculo de amigos:
os cults,
os intelectuais,
os literatos,
os artistas,
os museólogos.
Reconstruí meu habitat
num outro mundo,
que me permita ser
eu,
uma eterna aprendiz.
Um mundo
de criatividade,
cuidado,
loucos,
obras,
criação!
Quase a mesma a praça
Há um ano
3 comentários:
Passei por aqui, Li seu lindo poema!
Abraços,
Yon
Uma sintese do muito que foi e és.
mundo que a gente se prende a uma liberdade ilusória né?
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