Eu gosto de desenhar, mesmo não sabendo fazê-lo muito bem. Não tem problema. O desenho não é meu ganha-pão. É um passatempo. Uma forma de "carpediar".
Eu gosto de brincar com formas geométricas e corpos em movimento. É o meu forte, eu diria. Se é que posso dizer que tenho algum forte. A minha arte não está muito preocupada com conceitos. Não pretendo ser aceita pela história. Desenho, pinto o que quero, para extravasar o que vem de dentro da minha alma. Para vivenciar o momento. É a minha forma de sentir o presente.
Até que um dia, uma rosa cruzou meu caminho. Ou melhor, o desenho de uma rosa. Porque, como diria Magritte, isso não é uma rosa. Um desenho feito por mim, de maneira simples. Quase um caracol e uma folha. Era bonitinho, não nego, mas bem simples. Ou minimalista, nas palavras de quem me pediu para desenhar.
Recebi elogios. Mas um deles, feito dias depois, me marcou. Talvez pelo fato de ser inesperado, não sabia que alguém ainda se lembrava do desenho. Talvez por estar imbuído de carinho. Talvez, talvez... bah. Essa palavra tem sido muito frequente na minha vida ultimamente.
Depois disso, desenhar uma rosa passou a ser muito mais que "carpediar". Passou a ser a certeza de que um sorriso brotaria dos meus lábios enquanto desenhasse.
Quase a mesma a praça
Há um ano
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