terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Dia de primavera

Tamara chegou um pouco mais cedo do que previra. Sabia que teria que esperar. Mas, mesmo sendo impaciente, não se importou. No ponto de ônibus tinha lugar para sentar. Em frente tinha uma floricultura. Via o colorido e sentia o aroma.
Porque resmungar a si mesma, por ter calculado mal o tempo? Estava um delicioso dia de primavera. Com sol e a brisa  a bater suavemente no rosto e o cabelo a voar.
Porque não aproveitar para sentir o amor que exalava do seu peito? Amor pela vida, pela natureza, pela família e por uma determinada pessoa. Sim, Tamara amava alguém e o tal alguém não sabia.
Mas naquela hora isso não importava. O momento era tão único, ímpar. O amor por tudo simplesmente brotava, sem pedir nada em troca.
As árvores ao redor davam-lhe a sensação de estar nos anos 70. E isso a enchia de mais amor. Amor. Por ela própria, pelo tal alguém, pelas flores, pelo mundo, por tudo.

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©2007 '' Por Elke di Barros